Dólar dispara para R$ 5,50 e Bolsa desaba com tensão internacional envolvendo Trump

jul, 10 2025

Mercado financeiro reage a ameaças de Trump e cenário político conturbado

O clima de tensão no mercado brasileiro tomou conta dos investidores nesta semana. O dólar atingiu R$ 5,50, acumulando uma valorização significativa diante do real, enquanto o Ibovespa desabou, fechando abaixo dos 137 mil pontos. O principal combustível dessa instabilidade foram as declarações recentes de Donald Trump, que sugeriu medidas comerciais mais duras e ameaçou diretamente economias emergentes, incluindo o Brasil.

Essas ameaças mexeram com o psicológico do mercado. Investidores estrangeiros começaram a retirar recursos do país, temendo possíveis sanções econômicas ou revisões tarifárias que poderiam afetar setores-chave de exportação brasileiros, como agropecuária e siderurgia. A mensagem entre analistas foi clara: sempre que há sinal de conflito comercial vindo de Washington, o Brasil sente na pele, especialmente quando envolve figuras como Trump, que arrastam consigo uma onda de incerteza global.

Para quem acompanha de perto, o cenário era de escalada. Além do temor internacional, o ambiente político interno já não era dos mais tranquilos. Dúvidas sobre políticas econômicas do governo brasileiro e a desconfiança em relação ao compromisso com reformas estruturais aumentaram a pressão sobre a moeda e os ativos locais.

Efeitos imediatos: queda do Ibovespa e pressão nas ações

A Bolsa não resistiu à tempestade. O Ibovespa caiu 0,85% só no dia 10 de julho, fechando em 136.306 pontos. A preocupação maior recaiu sobre as ações da Petrobras, que já acumulam uma perda de 13,49% no ano. Empresas exportadoras também foram alvo, com receio de que mudanças nos acordos comerciais resultem em tarifas mais altas ou até em restrições diretas às mercadorias brasileiras.

A busca por proteção levou investidores a aumentarem suas posições em dólar, empurrando ainda mais a cotação para cima. O movimento acaba pressionando preços de produtos importados e preocupa quem lida com dívidas em moeda estrangeira. Para quem pensa em viajar ao exterior, o cenário desanima com o real perdendo força e os custos ficando mais salgados.

O mercado aguarda os próximos passos dos governos brasileiro e americano, que devem se posicionar oficialmente sobre as declarações de Trump e tentar acalmar a volatilidade. Por enquanto, o investidor segue atento — e nervoso — com o compasso frenético da economia global e das disputas políticas que não dão trégua.