MasterChef Confeitaria estreia na Band e revoluciona a TV de gastronomia

Quando MasterChef ConfeitariaSão Paulo estreou na Rede Bandeirantes na noite de 19 de novembro de 2024, a apresentadora Ana Paula Padrão conduziu o primeiro episódio, que premiou o vencedor com R$300 mil em dinheiro, além de utensílios da Royal Prestige, produtos da Camicado e uma cozinha da linha Eclipse da Brastemp. O programa, que traz 12 confeiteiros profissionais competindo em provas intensas, promete mudar a forma como o público brasileiro vê a arte da doçaria.

Contexto e origem da competição

A ideia de um MasterChef dedicado exclusivamente a sobremesas nasceu na Austrália, com o formato MasterChef: Dessert Masters. A adaptação brasileira, anunciada em comunicado oficial da Band em 13 de novembro, chegou como resposta ao crescente interesse do público por confeitaria de alto nível. "É a primeira edição inédita que foca só nas sobremesas", destacou o diretor de produção durante a coletiva de imprensa.

Ao contrário das versões anteriores, que misturavam amadores e profissionais, MasterChef Confeitaria reúne chefs que já trabalham em restaurantes renomados. Isso eleva o grau de dificuldade das provas, que exigem não apenas criatividade, mas também domínio de técnicas avançadas como temperagem de chocolate, esculpir açúcar e confeitos veganos.

Detalhes da primeira temporada

O elenco de jurados foi cuidadosamente escolhido para representar diferentes facetas da gastronomia. O crítico francês Érick Jacquin trouxe seu olhar exigente sobre sabores e execução. A premiada chef Helena Rizzo trouxe a sensibilidade da culinária contemporânea, enquanto o confeiteiro espanhol Diego Lozano garantiu a expertise técnica nas sobremesas. O chef Henrique Fogaça participou apenas da primeira temporada, saindo por motivos familiares antes da segunda edição.

O programa foi gravado em um estúdio especialmente montar­do no bairro da Pinheiros, em São Paulo. Cada episódio tem duas partes: uma prova técnica, em que os concorrentes reproduzem uma receita ao detalhe, e uma prova criativa, na qual devem inventar uma sobremesa inédita dentro de um tema surpresa.

• Prêmio em dinheiro: R$300.000
• Conjunto de panelas da Royal Prestige
• R$50.000 em produtos da Camicado
• Cozinha completa da linha Eclipse da Brastemp
• Troféu MasterChef Confeitaria

Segundo a própria Ana Paula Padrão, "esta temporada é especial porque é a minha despedida depois de dez anos com a família MasterChef. Não poderia sonhar com um adeus mais doce".

Participantes e provas marcantes

Entre os concorrentes, o destaque ficou para Ale Sotero, chef de confeitaria de 35 anos que trabalha no grupo Mocotó, liderado por Rodrigo Oliveira. Sotero, ex‑jurado convidado da décima edição do MasterChef Brasil em 2023, trouxe ao programa sua formação em engenharia mecânica, que ele diz ajudar a "pensar nos processos como uma máquina".

Em uma das provas técnicas, os chefs tiveram que criar um “Bolo de Chocolate Vegan” em apenas 45 minutos. Um dos participantes descreveu a tarefa como "a prova mais difícil até agora dessa competição". A exigência de ingredientes sem lactose e sem glúten intensificou a pressão e evidenciou a criatividade dos cozinheiros.

A segunda temporada introduziu ainda mais surpresas, como a visita inesperada da especialista em tendências de mercado, Narcisa Talma, que trouxe um desafio de “confeitaria molecular” no meio da prova de apresentação.

Reações do público e críticas

O programa já registra uma média de 3,2 milhões de telespectadores nas duas emissões semanais – terça e quinta à noite. Nas redes sociais, hashtags como #MasterChefConfeitaria e #DoceBand dispararam, gerando discussões sobre a representatividade de chefs negros e mulheres na confeitaria de alta performance.

Especialistas apontam que a forte presença de jurados internacionais pode elevar o padrão das escolas de gastronomia no Brasil. "Ao trazer uma competição tão técnica, a Band está incentivando a profissionalização da confeitaria, que antes era vista como hobby", comenta a professora de gastronomia da Universidade de São Paulo, Marta Almeida.

Por outro lado, críticos de televisão sugerem que a ausência de um apresentador fixo na segunda temporada – com a Bruna Thedy assumindo funções de narração – pode afastar parte do público que ainda associa o programa à figura carismática de Ana Paula Padrão.

Próximos passos e expectativas

Com a primeira temporada concluída, a produção já anunciou que a segunda edição, prevista para começar em março de 2025, contará com 14 participantes e desafios ainda mais elaborados, como “sorvetes artesanais com nitrogênio líquido”. A falta de substituto para Henrique Fogaça indica que a bancada de jurados permanecerá enxuta, reforçando a presença de Diego Lozano como único especialista em confeitaria.

Para os amantes de doces, a promessa é clara: mais técnica, mais sabor e, sobretudo, mais drama. Como disse o jurado Érick Jacquin ao final do primeiro episódio, "Esta é a temporada mais doce que você já viu, e eu garanto que vai deixar o público com água na boca".