Dia do Gaúcho: Fidene/Unijuí celebra tradição campeira em todos os campi

set, 20 2025

Uma semana inteira de tradição nos campi da Unijuí

O Dia do Gaúcho, celebrado em 20 de setembro, não ficou restrito ao calendário: virou programação de semana inteira na Fidene/Unijuí. Pelo Programa Sinergia, a universidade espalhou atividades campeiras pelos campi de Ijuí, Três Passos e Santa Rosa, e já deixou engatilhado um encontro em Panambi. Foi comida típica, roda de conversa, música, dança e aquele clima de integração que só quem vive a Semana Farroupilha conhece.

A proposta foi simples e direta: aproximar a comunidade universitária, valorizar a cultura regional e criar espaços de convivência. Em cada cidade, a agenda ganhou um sotaque próprio. Teve café campeiro em Ijuí, almoço com apresentação tradicionalista em Santa Rosa, carreteiro em Três Passos e, para fechar, churrasco marcado para Panambi no dia 26 de setembro. Tudo organizado para colaboradores, com ingredientes e práticas que fazem parte do cotidiano do interior gaúcho.

Além de celebrar, as ações lembram por que o 20 de setembro é simbólico no Rio Grande do Sul. É a data que marca a Revolução Farroupilha e, há décadas, inspira escolas, empresas e universidades a montarem programações que reforçam identidade, história e costumes — do preparo da comida ao ritmo das danças, passando pela erva-mate que move conversas e desafios criativos.

O que rolou em cada campus

O que rolou em cada campus

Em Ijuí, a quinta-feira, 18 de setembro, teve cheiro de fogo de chão. O café campeiro reuniu colaboradores em torno de pratos típicos feitos em casa: pão fresquinho, linguiça, bolos, salame e o tradicional Café de Cambona — aquele tropeiro, preparado direto na cambona de ferro, em contato com o fogo, forte e aromático. Mais do que lanche, foi uma aula viva de memória afetiva e técnica simples que resiste ao tempo.

Na sequência, entrou em cena a Gincana Movimenta Fidene, com um desafio bem regional: criar pratos usando a erva-mate Tomelero. Quatro categorias organizaram a disputa — “Lanche para a Gurizada”, “Comida de Panela”, “Doce de Lamber os Beiços” e “Café Tchê”. A ideia era explorar a versatilidade da erva para além da cuia, estimulando combinações que vão de pães e bolachas a caldas, marinadas e sobremesas. O resultado? Uma mesa criativa, troca de técnicas e aquele espírito de colaboração que o Sinergia costuma provocar.

No campus de Santa Rosa, a hora do almoço ganhou tons de confraternização. A equipe preparou massa com galeto e salada, um clássico de reuniões familiares no interior. Para completar, teve apresentação do CTG Sepé Tiaraju, levando dança e indumentária para dentro da universidade. Os CTGs, vale lembrar, são casas de preservação da cultura gaúcha: ensinam coreografias tradicionais, mantêm pilchas, músicas e rituais que contam a história do estado de forma viva e acessível.

Em Três Passos, o prato principal foi o carreteiro, servido no almoço dos colaboradores. O arroz de carreteiro é receita de estrada, nascida do improviso dos antigos carreteiros que cruzavam o estado: poucos ingredientes, preparo rápido e sabor marcante. Em ambientes de trabalho, ele funciona como ponto de encontro — todo mundo se junta em volta da panela, conversa flui e o clima fica leve.

Para fechar o circuito, o campus de Panambi já tem churrasco agendado para 26 de setembro. A proposta segue a mesma linha das demais ações: encontro entre equipes, mesa farta e resgate de práticas campeiras que fazem parte da identidade da região. A escolha pelo churrasco dialoga com a tradição do fogo de chão e repete o foco em receitas que naturalmente juntam pessoas.

Essas atividades, ainda que simples, dizem muito sobre o papel da universidade no território. Ao abrir espaço para costumes como o Café de Cambona, para o repertório dos CTGs e para pratos que passam de geração em geração, a Unijuí sustenta vínculos e reforça o senso de comunidade. Em tempos de rotinas apressadas, parar para cozinhar, compartilhar e contar histórias é quase um manifesto de cuidado coletivo.

Outro ponto que chama atenção é como a programação conectou comida, memória e aprendizado prático. A gincana com erva-mate, por exemplo, convidou quem participou a olhar o ingrediente com outros olhos, testando receitas e trocando soluções simples — do equilíbrio do amargor à combinação com doce. Isso vira repertório que o grupo leva para casa e para as próximas ações internas.

Ao longo da semana, a Unijuí costurou um roteiro que faz sentido para quem vive o 20 de setembro e para quem deseja conhecer a cultura gaúcha de perto. Sem formalidade excessiva, mas com cuidado em cada detalhe — da escolha do cardápio às apresentações artísticas —, a universidade mostrou que tradição e vida acadêmica podem caminhar juntas e se fortalecer no convívio diário.