Dorival Junior é demitido após derrota histórica do Brasil por 4 a 1 para a Argentina nas Eliminatórias

jun, 5 2025

Demissão após desastre histórico nas Eliminatórias

A goleada sofrida por 4 a 1 contra a Argentina virou um divisor de águas para a seleção brasileira, que nunca tinha levado tantos gols em uma partida de Eliminatórias da Copa do Mundo. O resultado fez o Brasil despencar para o quarto lugar na tabela sul-americana, apenas sete pontos à frente da Bolívia, que ocupa a oitava colocação. Isso acendeu o alerta no comando da CBF: a tradicional vaga brasileira no Mundial de 2026, historicamente vista como certa, passou agora a ser motivo de preocupação real.

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, se reuniu com Dorival Junior logo após o desastre em campo e, poucas horas depois, anunciou oficialmente a demissão do treinador. O comunicado falou em agradecimento pelo trabalho, mas nos bastidores o clima era de urgência. Dorival, que assumiu a seleção com a missão de reconstruir a equipe após a saída de Tite em 2022, não conseguiu mostrar evolução tática nem resultados consistentes contra os principais rivais sul-americanos.

Crise na seleção e corrida por um novo nome

Crise na seleção e corrida por um novo nome

É a terceira vez em menos de dois anos que a seleção troca de comando, um ritmo preocupante para um país acostumado à estabilidade à beira do gramado. Desde que Tite deixou o time depois da eliminação vexaminosa para a Croácia no Catar, a CBF parece tatear no escuro. O interino Ramon Menezes passou sem grandes feitos. Agora, Dorival se despede após oito meses conturbados e uma das campanhas mais irregulares que se tem notícia.

A derrota para a Argentina, além de doer no orgulho nacional, também expôs os problemas de montagem do elenco e a falta de sintonia entre jogadores e comissão técnica. A defesa mostrou-se vulnerável, o ataque pouco criativo, e as substituições de Dorival foram alvo de críticas pesadas na imprensa esportiva e entre torcedores nas redes sociais. O ambiente, que já não era dos melhores, ficou ainda mais tenso com protestos em frente à sede da CBF no Rio e memes circulando entre fãs e rivais sul-americanos.

No meio desse caos, um nome ganha força nos bastidores: Carlo Ancelotti. O técnico italiano, atualmente no Real Madrid, já havia sido especulado antes e é visto como favorito da diretoria. Ancelotti, porém, ainda não comentou publicamente sobre o interesse e, apesar das conversas informais, sua chegada depende de negociações complexas envolvendo calendário europeu e questões contratuais.

Outros nomes começam a ser lembrados, principalmente de treinadores que conhecem bem o futebol brasileiro, como Abel Ferreira, do Palmeiras, e Fernando Diniz, que chegou a dirigir a equipe de forma interina e é bem visto por alguns dirigentes. No entanto, a preferência declarada é por um estrangeiro de currículo vitorioso, que consiga resgatar a confiança, modernizar o elenco e proporcionar estabilidade até o início da Copa de 2026.

Enquanto isso, o torcedor brasileiro observa com desconfiança a situação da seleção, algo raro em um país acostumado a liderar com folga as Eliminatórias. A pressão aumentou e agora a CBF precisa ser rápida e certeira na escolha do novo comandante, sob risco de colocar em xeque a presença do Brasil em mais uma Copa do Mundo.

6 Comentários

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    Thamyres Vasconcellos

    junho 7, 2025 AT 04:32

    Essa demissão era inevitável. Não se trata apenas de um resultado, mas de um padrão de desorganização crônica. A CBF escolhe treinadores como se fossem peças de um quebra-cabeça sem o modelo na caixa. Dorival não era o problema - era o sistema. E o sistema está podre desde antes de Tite sair. Não adianta trocar o técnico se ninguém olha para o elenco, para a formação de jovens, para a falta de identidade tática. Isso aqui não é crise de treinador. É crise de projeto.

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    Alexandre Oliveira

    junho 7, 2025 AT 23:18

    eu sei que tá doloroso, mas a gente vai superar. o brasil já passou por muito pior e sempre voltou. o importante é que agora a gente tá acordado, né? não pode mais achar que é só colocar um nome famoso e tudo resolve. mas acho que o Ancelotti pode ser o começo de algo bom... se a gente der tempo e não enlouquecer no primeiro empate.

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    Joseph DiNapoli

    junho 9, 2025 AT 13:45

    Então... o Dorival foi demitido... por perder pro Argentina? Sério? O que que o Brasil fez contra a Alemanha em 2014? Ah, mas isso é diferente, né? Porque... porque o Brasil é o Brasil? Pode deixar, já vi esse roteiro antes. Vão contratar um italiano que nem sabe o que é uma zaga de 4, e daqui a 6 meses tá tudo igual... só que agora com mais futebol europeu e menos alegria.

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    Leonardo Santos

    junho 10, 2025 AT 18:14

    o pior é que todo mundo tá falando em Ancelotti como se ele fosse um messias com tênis... mas e se ele vier e disser: 'não, eu quero o Neymar no meio-campo e o Vinícius na ponta direita, e o Casemiro... no banco?' E aí a gente vira um time de 5 atacantes e perde de 7 a 0 pro Uruguai? Acho que o que falta é um treinador que entenda que o Brasil não é só talento... é organização. E isso não vem de fora, vem daqui.

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    Lucas lucas

    junho 12, 2025 AT 07:34

    Claro, vamos contratar um italiano que nunca treinou jogador sul-americano, que não fala português, que nem sabe o que é uma arquibancada do Maracanã cheia de torcedor gritando 'vai, Brasil!'... mas claro, porque o que importa é o currículo, né? O Ancelotti tem 4 Champions, então ele vai resolver o problema de um volante que não marca, de um zagueiro que não lê jogo e de um meia que não passa? Desculpa, mas isso é o mesmo raciocínio que colocou o Dunga para treinar o time em 2010. E olha o que aconteceu. A seleção brasileira não precisa de um 'tático de elite'... precisa de um homem que saiba que o futebol brasileiro é feito de gambiarras, de criatividade, de improvisação. E se você não entende isso, você não entende nada. E se você acha que o Abel Ferreira não é capaz disso, então você nunca viu ele mexer com o Palmeiras no segundo tempo. E sim, eu sei que ele é português, mas ele entende o futebol daqui. E o Diniz? Ele tem o DNA do futebol brasileiro na veia. Mas claro, prefere-se um estrangeiro que só sabe falar 'positional play' e não sabe o que é um toque de calcanhar.

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    Giovani Cruz

    junho 13, 2025 AT 14:19

    Essa derrota foi um soco no estômago, mas também um espelho. A gente tá tão acostumado a achar que o Brasil é 'o time do talento' que esqueceu que talento sem estrutura vira caos. Dorival não era o vilão, era o último a segurar o barco com as mãos vazias. E agora? O que a CBF vai fazer? Contratar um cara que ganhou na Europa e achar que vai funcionar aqui? Isso é como colocar um Ferrari no asfalto de terra. O que a gente precisa é de alguém que entenda o jeito brasileiro de jogar - o caos controlado, a gambiarra inteligente, o toque de poesia no meio do caos. E aí, se o Ancelotti vier, que venha com humildade. Se o Abel Ferreira for o escolhido, que venha com o mesmo fogo que ele tem no Palmeiras. Porque o que o Brasil precisa agora não é de um técnico... é de um líder que consiga juntar os pedaços e transformar esse desastre em um novo começo. E se a gente não fizer isso direito, o próximo 4 a 1 pode ser contra a Bolívia. E aí, não tem mais desculpa.

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