Segurança do PMMA: Conheça os Riscos e Alternativas para Preenchimentos Faciais

nov, 13 2024

Entendendo o PMMA: O que é e Por que Causa Preocupações?

O Polimetilmetacrilato, conhecido pela sigla PMMA, é um preenchedor estético de uso permanente devido à sua composição de microesferas de plástico. Ele é frequentemente procurado por ser uma opção de baixo custo para aqueles que desejam realizar correções faciais ou aumento de volume em certas áreas do corpo. Ainda assim, é vital entender que o PMMA possui uma alta taxa de complicações a longo prazo, motivo pelo qual especialistas da área da saúde, especialmente no Brasil, têm se manifestado contra o seu uso.

Apesar de ter a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para uso estético e reparador, tanto a Sociedade Brasileira de Dermatologia quanto a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica desencorajam sua utilização. Isso se deve ao fato de que os resultados com PMMA podem ser imprevisíveis e, por vezes, perigosos. Entre as complicações associadas estão a formação de nódulos, inflamação, e até mesmo efeitos fatais.

Os Riscos do Preenchimento com PMMA

O uso de PMMA traz riscos significativos que vão além das complicações visíveis. O PMMA é um material extremamente resistente e, ao ser injetado no corpo, torna-se permanente, o que significa que removê-lo pode causar danos severos ao tecido circundante, resultando em deformações. Além disso, por não acompanhar o processo natural de envelhecimento da pele e do corpo, seu uso pode culminar em efeitos estéticos indesejáveis ao longo do tempo.

Um dos maiores problemas enfrentados é que o produto pode formar agregados endurecidos, conhecidos como nódulos, que muitas vezes causam dor, desconforto e inflamação. O corpo pode reagir estranhamente ao material, desencadeando uma resposta imunológica que pode levar a complicações mais extremas. É crucial que aqueles que consideram o uso de PMMA estejam totalmente cientes desses riscos antes de se submeterem ao procedimento.

Experiências Reais e o Impacto na Saúde Estética

Experiências Reais e o Impacto na Saúde Estética

Casos de complicações com PMMA não são incomuns. Um exemplo notório é o da influenciadora Maíra Cardi, que publicou em suas redes sociais a decisão de remover seus preenchimentos de PMMA devido ao inchaço facial que experimentou. Esse caso destaca as preocupações de segurança do uso de fillers permanentes e promove discussões acaloradas sobre as escolhas estéticas seguras.

Influenciadores e personalidades públicas desempenham um papel vital ao trazer visibilidade para esse tipo de questão, pois impactam decisões de beleza de muitas pessoas que as têm como referências. Ainda que algumas pessoas tenham experiências positivas no uso de PMMA, os riscos associados são prevalentes o suficiente para incitar dúvidas e despertar vigilância por parte dos profissionais da saúde.

Alternativas Mais Seguras Disponíveis no Mercado

A crescente conscientização sobre os perigos do PMMA abre as portas para a procura de alternativas mais seguras e eficazes. Nesse cenário, preenchedores como o ácido hialurônico surgem como uma escolha preferível. Sendo biocompatível com o corpo humano, o ácido hialurônico pode ser reabsorvido naturalmente ao longo do tempo. Além disso, graças a enzimas como a hialuronidase, é possível dissolver o material, caso necessário, oferecendo um nível de controle ausente em materiais permanentes como o PMMA.

Outra alternativa é o enxerto de gordura, que implica em transferir gordura do próprio corpo do paciente para as áreas desejadas. Sendo uma técnica autóloga, diminui significativamente a chance de rejeições ou reações adversas. Ambas as alternativas promovem segurança e compatibilidade, enquanto ainda oferecem resultados satisfatórios e esteticamente agradáveis.

Orientações e Considerações Finais

Orientações e Considerações Finais

A avaliação cuidadosa das opções de preenchimento facial é crucial. A plastic surgeon, Dr. Beatriz Lassance, destaca a importância de se tomar cuidado com ofertas de baixo custo, que muitas vezes são sinônimos de materiais de baixa qualidade. Ao escolher um profissional para realizar o procedimento, é fundamental esclarecer todas as dúvidas em torno do material a ser utilizado, exigindo ver a embalagem e até a seringa antes da aplicação para garantir a autenticidade e qualidade do produto.

Os pacientes são incentivados a buscar informações e a não hesitar em questionar seus médicos sobre quaisquer preocupações. Entender os próprios objetivos estéticos e ser realista sobre as expectativas pode fazer a diferença entre uma experiência positiva e complicações indesejadas. À medida que a medicina estética avança, é essencial priorizar a segurança e o bem-estar acima de qualquer outra consideração.

14 Comentários

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    Mariana Marinho Mary

    novembro 15, 2024 AT 01:52
    Já vi gente que fez PMMA e virou uma estátua de cera. Não vale o risco, sério.
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    Joseph Spatara

    novembro 16, 2024 AT 20:13
    Vale a pena investir na saúde e não no preço baixo. Ácido hialurônico é o caminho. É suave, é reversível e você não vira monstro depois de 5 anos. Faz a diferença na vida.
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    Eduardo Gusmão

    novembro 17, 2024 AT 15:09
    Eu fiquei pensando... será que as pessoas realmente entendem o que significa 'permanente'? Não é só 'não desaparece'... é que o corpo vai envelhecer, a pele vai cair, e aquelas microesferas vão ficar lá como se fossem um monumento à decisão de 2018. É como colocar uma tatuagem no rosto e depois querer apagar. Só que aqui não tem laser que resolve. Aí você precisa de um cirurgião que já tenha lidado com isso antes. E esses são raros. E caros. E dolorosos. Então... vale a pena?
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    Thamyres Vasconcellos

    novembro 17, 2024 AT 21:19
    É lamentável que pessoas tão desinformadas ainda se submetam a procedimentos dessa natureza. A responsabilidade ética dos profissionais que aplicam PMMA é nula. E o pior: há uma cultura de normalização da estética extremada, alimentada por influenciadores que não têm formação médica. A senhora Maíra Cardi fez bem em expor sua experiência. Isso é coragem. Enquanto isso, muitas mulheres continuam sendo enganadas por 'ofertas imperdíveis' em salões clandestinos. O preço não é o valor. É o risco. E o risco é a vida.
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    Alexandre Oliveira

    novembro 19, 2024 AT 09:01
    eu tinha noção que pmma era perigoso mas não sabia q era tao grave assim. tipo, eu pensava q era só uns nódulos, mas isso de deformar e nao ter como tirar sem estragar tudo... me deu medo. eu vou procurar um bom dermatologista e fazer com ácido hialurônico mesmo. nao quero viver com isso no rosto pra sempre. obrigado por esse post, ajudou muito.
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    Joseph DiNapoli

    novembro 20, 2024 AT 06:39
    Ah, claro... o PMMA é o novo diamante. O que é que você quer, que ele se dissolva como um cubo de açúcar no café? É permanente, é caro, é feio depois de 3 anos, e o médico some. Mas, uau, que elegância. O rosto de uma pessoa virando uma escultura de plástico... isso é arte, né? Sério, quem faz isso merece um prêmio de coragem... ou de loucura.
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    Leonardo Santos

    novembro 21, 2024 AT 14:46
    Tá, eu sei que o PMMA é uma péssima ideia, mas a gente entende o porquê as pessoas escolhem. É o preço, é a pressão social, é a falta de informação. O que importa é que agora temos alternativas. E é isso que tem que ser divulgado. Não só o perigo, mas a saída. Ácido hialurônico, gordura autóloga... isso é o futuro. E o futuro não é permanente. É adaptável. E isso é lindo.
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    Gisele Pinheiro

    novembro 23, 2024 AT 14:15
    Se você tá pensando em fazer, só uma coisa: espera. Pensa. Pergunta. Vá em um hospital público e fala com um dermatologista. Eles não vão te vender nada. Vão te explicar. E se você tiver medo de gastar, saiba que o ácido hialurônico não é tão caro assim. E se der errado, dá pra consertar. O PMMA não. Não vale a pena.
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    Paulo Santos

    novembro 23, 2024 AT 19:36
    O Brasil é um país onde a ignorância é monetizada. O PMMA é um símbolo disso. Enquanto a Europa proíbe, aqui vira moda. Enquanto os médicos sérios alertam, os charlatões lucram. O povo brasileiro, por falta de educação, aceita o pior como normal. Isso não é estética. É colonialismo interno. E quem faz isso não é burro. É manipulado. E quem aplica? É um criminoso disfarçado de esteticista.
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    Fábio Gonçalves Santos

    novembro 23, 2024 AT 22:14
    A permanência é a ilusão mais perigosa da medicina estética. 🤔 O corpo não é um objeto. É um organismo vivo. E tentar congelar sua aparência é como tentar congelar o tempo. O PMMA é o equivalente a um relicário de carne. E o que é um relicário? Um monumento ao que já se foi. Não é beleza. É luto.
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    Joseph Lacao-Lacao

    novembro 24, 2024 AT 05:10
    O PMMA representa uma desconexão profunda entre a medicina e a cultura popular. Em sociedades onde a estética é mercantilizada, materiais como esse emergem como símbolos de status, apesar de sua natureza patológica. A biocompatibilidade não é um detalhe técnico - é um princípio ético. A reversibilidade não é uma característica de produto - é um direito humano. Ainda assim, em contextos de vulnerabilidade social, o discurso de segurança é eclipsado pela promessa de transformação imediata. É um ciclo que só se quebra com educação e acesso.
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    Lucas lucas

    novembro 25, 2024 AT 19:45
    Ah sim, claro, o ácido hialurônico é a salvação, né? Tudo bem que dura 12 meses, mas e daí? Você vai ter que voltar toda hora, gastar dinheiro, perder tempo. Enquanto o PMMA? Um procedimento e você tá tranquilo por 10 anos. E se der problema? Tá, mas isso é raro. E se der? Então você paga o cirurgião pra tirar. Mas aí você vai falar que é mais caro? É mais caro porque você é fraco. A gente não vive de medo. A gente vive de coragem. E quem tem coragem de fazer PMMA? O brasileiro que não se deixa enganar por esses médicos de consultório de luxo que cobram 10 vezes mais por um produto que dura 6 meses. O PMMA é para os que não têm medo de serem verdadeiros. E os outros? São os que pagam para serem bonitos por 6 meses e depois ficam com medo de olhar no espelho.
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    Giovani Cruz

    novembro 26, 2024 AT 02:24
    O PMMA é como um ex-namorado que te prometeu amor eterno e depois virou um pesadelo. Ele te deixou inchado, dolorido, com medo de olhar no espelho. Mas o ácido hialurônico? É como um novo amor - leve, que se adapta, que te escuta, e se você não curtir, dá pra dizer 'não vai dar certo' e ele some sem deixar rastro. E a gordura? É como se você tivesse dado um abraço no seu próprio corpo e dito: 'eu te aceito como você é, e ainda assim te faço mais bonito'. Nenhuma dessas opções é um monstro. São escolhas que respeitam você. E isso é o que importa.
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    Mateus Marcos

    novembro 27, 2024 AT 05:41
    A aplicação de PMMA constitui um ato médico não regulamentado em muitos casos. A responsabilidade civil e ética do profissional é inegável. Recomenda-se a consulta prévia com médico especialista e a exigência de documentação técnica do produto. A segurança do paciente deve prevalecer sobre qualquer consideração financeira ou estética.

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