Han Kang – quem é, o que escreve e por que vale a pena ler

Se você ainda não ouviu falar de Han Kang, está na hora de mudar isso. A autora sul‑coreana ganhou o Man Booker International Prize em 2016 com The Vegetarian e, desde então, tem influenciado leitores ao redor do mundo. Mas a fama dela não vem só de um livro; são histórias que mexem com emoções, questões sociais e a forma como encaramos o corpo.

Principais livros e temas recorrentes

Além de The Vegetarian, Han Kang escreveu Human Acts – um romance sobre o massacre de Gwangju em 1980 – e Egocentrism, que explora a solidão contemporânea. Em todas as obras, a autora trata de violência (não só física, mas psicológica), identidade e a passagem do tempo. Os personagens costumam estar em situações extremas, o que faz o leitor refletir sobre limites humanos.

Um ponto que chama atenção é a forma como Han Kang mistura o real com o surreal. Não é horror barato; é mais como um convite a olhar para dentro de si mesmo e encarar o que costuma ser ocultado. Essa abordagem fez com que críticos laudem seu estilo como “poético e cortante ao mesmo tempo”.

Prêmios, adaptações e influência cultural

Depois do Man Booker, Han Kang recebeu outros reconhecimentos, como o Premio Kim Yong-ik e o Premio de Literatura da Coreia. The Vegetarian já foi adaptado para teatro e está em pauta para uma série de TV. Essa movimentação mostra como sua escrita transcende o papel e chega a outras linguagens artísticas.

Na cena literária internacional, Han Kang virou referência quando o assunto é literatura de origem asiática que fala de questões universais. Escritores, cineastas e professores citam seu trabalho como ponto de partida para discussões sobre direitos humanos, feminismo e ética.

Se você curte descobrir novas vozes, vale dar uma chance a Human Acts. A história começa com um garoto que encontra o corpo de uma mulher morto em seu quintal – um ponto de partida que parece brutal, mas que se transforma em uma meditação profunda sobre memória coletiva.

Outra dica: leia Egocentrism se quiser entender como Han Kang lida com as pequenas banalidades da vida moderna que, quando acumuladas, podem virar um peso enorme. Ela tem um jeito único de transformar situações cotidianas em reflexões quase existenciais.

Para quem prefere formatos mais curtos, procure por contos da autora. Muitos deles foram publicados em revistas literárias e estão disponíveis online de graça. É uma boa pedida para sentir o ritmo da escrita antes de mergulhar em um romance completo.

Na prática, o que faz a obra de Han Kang ser tão cativante é a capacidade de provocar empatia sem ser sentimental. Ela entrega verdades desconfortáveis e deixa o leitor decidir como reagir. Por isso, quando alguém pergunta se vale a pena ler, a resposta é simples: sim, se você gosta de histórias que permanecem na cabeça depois da última página.

Então, pronto para conhecer a escrita que tem encantado críticos e leitores ao mesmo tempo? Escolha um dos livros acima, procure uma edição confortável e deixe Han Kang te surpreender.